sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Os referenciais? Ora, os referenciais...

por Ricardo Goldbach

Um vídeo, que supostamente mostra um barco da guarda costeira japonesa sendo abalroado por um pesqueiro chinês, está sendo considerado como evidência de ação agressiva por parte do Japão da China (lapso corrigido).

Um segundo olhar mostra que as coisas podem não são ser bem assim. Assim como o Sol parece girar em torno da Terra, porque nós estamos fixos no referencial de nosso planeta, é bem possível que o barco de patrulha pudesse estar descrevendo uma curva para estibordo, interrompendo a trajetória original do pesqueiro. Como a câmera que filmou a cena estava fixa no referencial do barco japonês, não há como se afirmar algo sobre as trajetórias relativas entre as duas embarcações.

O tira-teima, aqui, só poderia se dar por meio de um dos três seguintes cenários:
1. disponibilidade de imagens obtidas a partir da embarcação supostamente atingida, para confrontação;

2. disponibilidade de imagens que mostrassem a esteira de espuma deixada pelo barco patrulha, o que seria evidência incontestável da trajetória por ele descrita. Uma imagem da esteira de espuma do pesqueiro serviria ao mesmo objetivo;

3. disponibilidade de imagens obtidas por um observador situado em um terceiro ponto de vista.
Veja as imagens, visualize os três cenários acima, e tire suas próprias conclusões, nestes tempos em que as imagens podem ser lidas - ou manipuladas - como se quiser.






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