quinta-feira, 17 de setembro de 2009

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A infelicidade do texto dispensa comentários.


terça-feira, 15 de setembro de 2009

É esse Rio que vamos mostrar aos visitantes em 2014 e 2016?

Ricardo Goldbach

A cada novo dia, o Rio de Janeiro insiste em mostrar que não está pronto para ser palco de arremessos de dardos, saltos ornamentais e decisões de campeonato de futebol.

Em recorrente episódio de violência urbana, Ricardo Wagner Silva, 39, reagiu à tentativa de roubo de sua motocicleta, no cruzamento das ruas Alberto de Campos e Vinicius de Morais, em Ipanema, na manhã desta terça-feira. Baleada no pescoço ao fugir, a vítima ainda colidiu com um veículo estacionado, antes de subir na calçada e tombar. O motociclista faleceu posteriormente, e os três assaltantes, que estavam em duas motocicletas, escaparam.





Fotos: RGold


Já a professora de educação física, Ciléa Cordeiro, 27, encontra-se em coma desde o dia 5 de setembro, quando o parabrisa do carro que dirigia foi atingido por uma pedra de cerca de 10 quilos, na Linha Amarela. Arremessada por bandidos da região, a pedra atravessou o vidro e atingiu a cabeça da motorista, provocando fratura exposta de crânio.





Estes são apenas dois dentre os inúmeros casos que aterrorizam e enlutam os cidadãos do Rio de Janeiro. As ações dos criminosos, que se apossaram de uma cidade que já foi maravilhosa, servem apenas a eles mesmos e à indústria da segurança, para a qual quanto pior melhor.

O estado de guerra civil que o Rio vive vai derrubando, lentamente, o PIB da cidade; o que as autoridades omissas não percebem, em visão de curto prazo, é que quanto mais contribuintes são mortos, menos sobram recolhedores de tributos. E menos turistas se dispõem a visitar o Rio, pois é mundialmente notório que, além do dinheiro a ser gasto em hotéis e restaurantes, podem haver despesas com hospitais e caixões - outros legados previsíveis da Copa do Mundo e das Olimpíadas.

Será que ao menos este argumento, o da falência econômica do Rio, faria as coisas mudarem para melhor? Ou será que os governantes cariocas querem - à semelhança da esposa do presidente da República - obter cidadania em país europeu, para dar melhor futuro aos filhos?

Haverá uma cidade para ser mostrada aos turistas de 2014 e 2016? E se houver, os visitantes farão nas ruas do Rio fotos iguais a estas?