Ricardo Goldbach
O sinal está fechado, a janela idem. O pivete quebra o vidro e, rápido como se furta, leva o fruto da ação consigo. O e-mail está protegido por senha, o perfil no Facebook idem. No entanto, pego em flagrante de sabotagem comercial, Mark Zuckerberg dá uma de pivete. Pensando nas ações de sua empresa, imita a ação do moleque, infiltra-se numa operação concorrente ao seu ainda não lançado Facebook, visando retardá-la em proveito de sua própria criação, e de quebra estilhaça sigilos como se de vidro fossem. E fez mais, de acordo com o Business Insider.
Segundo a publicação, uma sucessão de atos de escroqueria de Zuckerbeg é trazida à tona pela investigação jornalística da publicação Harvard Crimson, da universidade onde ele estudava, ainda no frescor e inexperiência de seus 19 anos. O criador do Facebook é exposto pelo Business Insider, que aprofunda mais a investigação (aqui, aqui e aqui), como um hackeador de contas de e-mail de repórteres, além de invasor e adulterador de perfis do Facebook, e criador de contas-fantasma no provedor de e-mail da universidade.
O Facebook respondeu ao Business Insider com o seguinte e inexpressivo texto:
We’re not going to debate the disgruntled litigants and anonymous sources who seek to rewrite Facebook’s early history or embarrass Mark Zuckerberg with dated allegations. The unquestioned fact is that since leaving Harvard for Silicon Valley nearly six years ago, Mark has led Facebook's growth from a college website to a global service playing an important role in the lives of over 400 million people.
A assessoria de imprensa do Facebook tem razão: é fato inquestionável que o empresário tenha transformado um site acadêmico em estrondoso sucesso empresarial, em cerca de de seis anos. Mas, a bem da verdade, o texto de resposta não responde nada quanto aos supostos atos de Zuckerberg, e menos ainda o faz ao desqualificar o esforço investigativo, que nada de braçada em evidências testemunhais e documentais.