Ricardo Goldbach
Não trabalho no Globo nem quero isso. Sou "de fora", mas vou 'chamar a atenção para o fato' e 'criticar a forma como as coisas são feitas'. Em tempos em que a garotada pratica leitura no Facebook e escrita no Twitter, há jornalistas(?) que ainda não sabem usar corretamente os verbos de nosso idioma.
Não trabalho no Globo nem quero isso. Sou "de fora", mas vou 'chamar a atenção para o fato' e 'criticar a forma como as coisas são feitas'. Em tempos em que a garotada pratica leitura no Facebook e escrita no Twitter, há jornalistas(?) que ainda não sabem usar corretamente os verbos de nosso idioma.
Ler um jornal escrito por gente letrada está cada vez mais difícil. E sem essa de que o Português é idioma vivo, que se transmuta e se adapta a novos tempos, usos e costumes. Lingugem falada é uma coisa, escrita é outra. Há que haver fronteiras entre baile funk e redação de jornal, como vejo a coisa.
Para mal da Comunicação, o Globo não preza o idioma, e seus funcionários (soa melhor que "jornalistas") primam por ir contra um papel secundário de um veículo de comunicação -- servir de referência para a boa escrita -- como se vê no aconselhamento abaixo, publicado em 11/07/13:
4. Não critique a forma como as coisas são feitas. Preze pela diplomacia. Mesmo que os profissionais da empresa saibam que algumas coisas não são feitas da melhor maneira, ninguém gosta que alguém “de fora” chame atenção para o fato.
Se os funcionários (soa melhor que "jornalistas") globais ainda não entenderam a mensagem -- o que é plausível -- aí vai:
Prezar - v.t.d. (apreciar algo) - "Prezar um bom papo", "Prezar as amizades".
Primar - v.t.i. (caracterizar-se por algo) - "Ele prima pela boa educação", "O prefeito prima pelo desrespeito às leis".
Desconhecer essas regências é coisa que não se deve fazer num jornal -- nem na primeira semana, nem nunca.
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