É muito comum que uma pessoa parta da vida e tenha suas virtudes, qualidades e conquistas imediatamente ampliadas pela lente que separa este mundo do próximo, mas não é isso o que acontece no caso da ida do Dylmo. O Dylmo Elias da Rádio MEC, dos palcos de teatro onde dirigia as peças que escrevia, da sala de técnica de onde acompanhava os trabalhos de seus alunos.
Quer saber o quão as palavras estão próximas - ou distantes - do personagem que descrevem? Converse com as pessoas que o conheceram no dia a dia. Leia o que se escreveu sobre ele, ainda em vida, ou mesmo depois. Avalie o legado que deixou, as impressões dos agraciados que o receberam. Ainda assim, dê um certo desconto e veja o que sobra depois.
Não sobra pouca coisa, no caso do Dylmo. Marido amantíssimo, deixou uma companheira de vida, parceira de lutas descritas em livro e em conversas. Não teve filhos, mas se os tivesse tido teria sido mais que um pai para eles; teria sido o educador e amigo que seus alunos tiveram a felicidade e o prazer de conhecer. Melhor dizendo, Dylmo não tinha alunos, tinha equipes que trabalhavam na rádio dele; a sala não era local de aula, mas de redação e produção. E o marcante brilho nos olhos pontuava todos os momentos, o espírito sempre inquieto e criativo.
Lúcido e de memória afiada no alto de seus 80 anos (estreou na vida em 16 de setembro de 1928), o Mestre se recordava de nomes, fatos e histórias da Era de Ouro, e contava tudo com inegável misto de prazer e saudade. Dylmo homenageou outros veteranos do rádio - com a humildade que só os grandes sabem ter - custeando do próprio bolso despesas com placas alusivas. Não que lhe sobrassem recursos; era remunerado com menos que valia, e, mesmo assim, nem sempre em dia.
Muitos beberam lições de seus lábios; não apenas de radiojornalismo, mas também de vida. Era procurado por jovens recém-saídos da adolescência, com suas angústias, incertezas e dificuldades. E ouvia muito, empatia era um de seus fortes. E tinha palavras de consolo, alento ou orientação, conforme o caso.
É bom que se saiba que, com a cumplicidade de D. Glacy, Dylmo deixou muitos filhos - além de amigos e irmãos - por esse mundo afora...
Dylmo, você fez a diferença, você já faz muita falta. Até um dia. Ou, como eu encerrava nossos telefonemas, "... até qualquer momento, em edição extraordinária".

Não sobra pouca coisa, no caso do Dylmo. Marido amantíssimo, deixou uma companheira de vida, parceira de lutas descritas em livro e em conversas. Não teve filhos, mas se os tivesse tido teria sido mais que um pai para eles; teria sido o educador e amigo que seus alunos tiveram a felicidade e o prazer de conhecer. Melhor dizendo, Dylmo não tinha alunos, tinha equipes que trabalhavam na rádio dele; a sala não era local de aula, mas de redação e produção. E o marcante brilho nos olhos pontuava todos os momentos, o espírito sempre inquieto e criativo.
Lúcido e de memória afiada no alto de seus 80 anos (estreou na vida em 16 de setembro de 1928), o Mestre se recordava de nomes, fatos e histórias da Era de Ouro, e contava tudo com inegável misto de prazer e saudade. Dylmo homenageou outros veteranos do rádio - com a humildade que só os grandes sabem ter - custeando do próprio bolso despesas com placas alusivas. Não que lhe sobrassem recursos; era remunerado com menos que valia, e, mesmo assim, nem sempre em dia.
Muitos beberam lições de seus lábios; não apenas de radiojornalismo, mas também de vida. Era procurado por jovens recém-saídos da adolescência, com suas angústias, incertezas e dificuldades. E ouvia muito, empatia era um de seus fortes. E tinha palavras de consolo, alento ou orientação, conforme o caso.
É bom que se saiba que, com a cumplicidade de D. Glacy, Dylmo deixou muitos filhos - além de amigos e irmãos - por esse mundo afora...
Dylmo, você fez a diferença, você já faz muita falta. Até um dia. Ou, como eu encerrava nossos telefonemas, "... até qualquer momento, em edição extraordinária".
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