Ricardo Goldbach
A baixa autonomia da bateria do meu Xperia X10 Mini Pro (u20i, para os rooted) me fez vasculhar, madrugadas a fio, os forums do XDA Developers. Em agosto de 2011, depois de esquadrinhar em vão as dicas de otimização de consumo -- filhas de saudáveis trocas de experiência -- postei minha desconfiança sobre os desenvolvedores do Google Inc. terem deixado perdido e ativado, em meio ao código do Android, um recurso de debug que jamais poderia ter deslizado para o ambiente de produção.
Dentre outros comportamentos suspeitos, a geração de milhares de entradas a entupir o log com alertas sobre o fato de o sensor de luz estar desativado -- à razão de dezenas delas por segundo. Esse desvio comportamental de um sistema operacional que, após ganhar as ruas, foi adotado em massa por significativa parcela da Humanidade, me levou a postar, à época, o texto abaixo:
Battery drain: blame it on Google Inc?
My CM7 u20i has a 20% nightly drain, even with WF, BT, GPS and whichever drain mongers turned off. After extensive reading (and trying) on the issue and analysing all kinds of near voodoo reasoning, I decided to peek into real OS activity - the ultimate place to see what's going on. OS Monitor showed me some interesting issues, in the case its ps functionality works as expected.
My attention was first caught by the constant activity of Google Backup Transport process, accounting from CPU loads varying from 1 to 14%(!), rarely 0%, even though I never use cloud backup - in any case, in any of my devices. No can do.
The other significant mistery is the existence of a log that holds 1945 entries generated in the mere past 9 minutes. This intensive logging policy is something I myself would implement (#define switch) at pre-release phase, but just for debugging sake - never letting it slip into production environment. Does Google Inc still considers Android to be at beta phase? ;)
Ocorre que neste março de 2013, cerca de um ano e meio depois, recebo um alerta de comentário. Uma dica, que recomendava a desativação de um serviço de transporte do sistema operacional, me convidou a ressuscitar o X10 do período de exílio forçado a que foi destinado, nestes tempos em que a "nuvem", onipresente em fluxogramas de décadas atrás e em todas as implementações de conectividade desde então, "nasce" com toda a força que nela marqueteiros encantados conseguem investir.
A reativação do thread que originei me faz pensar (de novo again) sobre a resiliência da informação, com bits que navegam incessantemente pelo éter-net, qual garrafas lançadas de ilha deserta que resistem, teimosas, à pressão das ondas e das marés, até vir a dar num porto. Ou não, como diria aquele famoso filósofo romeno cujo nome ora me escapa ao cache.
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