domingo, 25 de janeiro de 2015

Sobre Mike, cordas e cadarços

Ricardo Goldbach

Outro dia mencionei o Mike e resolvi revê-lo, matar saudades. Replico este texto dele, de janeiro de 2010:

"Muito estranho o LHC, aquele anel magnético lá na Suiça, tipo assim um Red Bull de elétrons. Para a teoria do campo unificado dar liga, tem que existir mais umas nove dimensões, além das quatro que a gente conhece, e tem mais. Tem que os átomos e as partículas subatômicas, que a gente aprendeu no colégio que são assim umas bolinhas muito pequenas, que nem no microscópio a gente vê, não são bolinhas.

Não é que dizem que elas tem uma dimensão? Que são tipo assim umas retas no espaço? Que se chamam cordas e supercordas? Que vibram? Que dependendo da frequência de vibração elas ganham suas identidades, tipo assim "Ah, é? Você vibra a 2GHz? Então você é um méson pi. Próxima..." E tem o bóson de Higgs, xiii... (alô revisão, não é "13...", é "xiii...", mesmo), esse é o tal, ele atribui grave responsabilidade ao gravitron, que é atribuir gravidade às massas, como se as massas já não estivessem em estado grave.

Mas aí tem gente que acha que lá na Suiça, lá no LHC, eles vão fazer o mundo acabar. Imagine só, esse mundo lindo! Tá certo que os rios estão ficando cheios de bolhas de sabão, tem também as motoserras, o José Serra, a Galisteu, os mercados de derivativos... já não tem tanta lula nem baleia no mar... tem cada vez mais pinguço no bar... já não tem tanto francês na França... Quer saber? Que se dane, deixa os cadarços pra lá."


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