Um texto com o título acima chegou a mim, um texto daqueles que evocam lembranças de um tempo que passou há tempos e de um Rio de Janeiro que não existe mais, com citações de nomes de boates, supermercados, cinemas e de outros marcos quê, com o passar do tempo, passam a integrar o nosso acervo de memórias afetivas.
Não é texto que eu escrevesse; o tema está mais para as reminiscências partilháveis com amigos em churrasco ou evento igualmente descompromissado com limites horários e/ou etílicos.
E por que estou escrevendo sobre ele? Porquê, simplesmente, de repente me vejo alçado ao patamar de uma Clarice Lispector, de um Rubem Alves ou de um Luis Fernando Veríssimo, e de todos aqueles que são citados como autores de textos que jamais escreveram.
Isso mesmo, ele é encontrável em blogs e postagens no Facebook, com o curioso rodapé "By@RicardoGoldbach". Pois é, pesquisei e encontrei essa "minha obra" em postagem de blog (19/09/2019), em postagem no Facebook (21/03/2019), e ele existe até sem citação de autoria em postagem mais antiga no Facebook (10/10/2018).
O fato é que resolvi espanar a poeira deste meu blog para registrar que "PARA O BONDE" não é coisa gestada no meu teclado. Meno male que tenha teor saudosista e seja singelamente saboroso; meu byline podia estar associado a coisa pior -- um pequeno manual de autoajuda, um tosco ataque à Lava Jato ou uma candente apologia a crimes políticos.
É isso. Segundo rezava a filosofia romena do séc. XIV, o que está registrado, registrado fica.
Abraços, beijos e Boas Festas!
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