quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Virou moda: pagar para ver propaganda

Ricardo Goldbach

No ano de 2000, Mel Gibson estrelou um filme, What women want ("O Homem que Entendia as Mulheres", no Brasil), que era um belo comercial da Nike, com duração de 1h37. Pagou-se à época para ver a propaganda no cinema, paga-se hoje para revê-la em canais de TV a cabo. É claro que o comercial vem embrulhado em papel bonito: par romântico, climax e anticlimax, as receitas que sempre apelam ao pathos (do grego, paixão, excesso, catástrofe, passagem, passividade, sofrimento e assujeitamento) do espectador - daí vem a expressão "patético".

Nestes tempos bicudos, em que a publicidade deve se esforçar mais do que nunca para enfrentar retrações de mercado e desconfiança de consumidores, Holywood faz mais um gol. Segundo a PC World, o desenho animado Family guy ("Uma Família da Pesada") dedicará um episódio inteiro à promoção do Windows 7, no dia 8 de novembro.

Quando se para e pensa, o que parece ser trivial não acaba mostrando a verdadeira e patética face?


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