Ricardo Goldbach
Karl se diz pesquisador na área de segurança digital. Alguns anos antes de se descrever assim, quando ainda estudava Ciência da Computação na Universidade de Washington, ele e alguns amigos resolveram hackear um automóvel, como parte de projeto acadêmico. Compraram alguns sedans de porte médio, desses completamente dotados de circuitos de automação e controle.
Os veículos dispunham de telefonia celular, para fazer ligações automáticas para o número de emergências; de rádio tocador de CD's e MP3; de conectividade Bluetooth, além de interfaces para abertura de portas e monitoramento de pressão de pneus. Estamos falando de infraestrutura para conexões com redes pessoal, local, wifi e telefônica.
Com acesso combinado ao rádio, aos dispositivos Bluetooth e à telefonia celular do automóvel, Karl e seus colegas conseguiram obter uma mensagem de resposta, via TCP/IP. Com o acesso aberto, chegaram à unidade central de controle, localizada no porta-malas, e começaram a enviar comandos diversos para os diversos sistemas. Tudo, passando por iluminação, limpador de parabrisa e freios -- à exceção da direção --, teria ficado sob controle dos estudantes,.
Com acesso combinado ao rádio, aos dispositivos Bluetooth e à telefonia celular do automóvel, Karl e seus colegas conseguiram obter uma mensagem de resposta, via TCP/IP. Com o acesso aberto, chegaram à unidade central de controle, localizada no porta-malas, e começaram a enviar comandos diversos para os diversos sistemas. Tudo, passando por iluminação, limpador de parabrisa e freios -- à exceção da direção --, teria ficado sob controle dos estudantes,.
Karl diz que isso foi antes da existência dos sistemas de auxílio a estacionamento, com as câmeras e displays que vemos hoje, que põem mais recursos ainda à disposição de um invasor – inclusive o controle do volante. São novidades velhas. Dentre as novas, ladrões que já plugam um pequeno circuito na central de diagnóstico, ligam o motor e saem dirigindo, depois de desativar as travas eletrônicas, é claro.
E, sempre tendo em mente a proteção do cidadão (digamos assim), o governo dos EUA quer que os automóveis saiam de fábrica dotados de sistemas anticolisão, à semelhança dos existentes em aeronaves. Isso significa mais comunicação embarcada, maior tráfego de mensagens wireless, mais portas abertas a invasões. Para facilitar a vida dos intrusos, uma montadora lançou em 2013 um aplicativo que reune várias funcionalidades automotivas numa mesma interface de smartfone. Precisa de senha? Sim, mas... O enlace é criptografado? Sim, mas...
Para. Quero descer. Mas... onde fica o botão?
(com informações do "The Guardian")
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